ATA DA VIGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA
ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 21.10.1997.
Aos vinte e um dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e
noventa e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e quarenta e seis minutos,
constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos da presente Sessão Solene, destinada a homenagear o Jornal
Kronika, nos termos do Requerimento nº 238/97 (Processo nº 2958/97), de autoria
da Mesa Diretora. Compuseram a Mesa: o Vereador Isaac Ainhorn, 1º
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, neste ato presidindo os
trabalhos; o Jornalista Luiz Osório, Diretor-Editor do Jornal Kronika; o
Jornalista Erci Torma, Presidente da Associação Riograndense de Imprensa - ARI;
o Senhor Alceu Collares; o Capitão Eduardo Passos Mereb, representante do
Comando-Geral da Brigada Militar; o Vereador Reginaldo Pujol, 2º
Vice-Presidente da Casa e, na ocasião, Secretário "ad hoc". Ainda,
foram registradas as presenças da Senhora Vera Lia Cavalheiro; do Senhor Nelson
Bock, Diretor da Livraria Porto Alegre; da Senhora Cláudia Oliveira Teixeira;
da Senhora Elizabete Mafra, da Revista Imagem News; do Doutor Antonio Diniz de
Oliveira; da Senhora Lea Oliveira Teixeira; do Senhor Carlos Jockmann; do
Senhor Paulo Alencastro; do Comandante Argeu Barcellos e do Coronel Altino
Bertier. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem
a execução do Hino Nacional, e, a seguir, concedeu a palavra aos Vereadores que
falariam em nome da Casa. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome das Bancadas do
PFL e do PSB, analisou o significado da presente homenagem, tendo em vista
representar a Casa os mais diversos setores da comunidade, historiando sobre as
características do Jornal Kronika e sobre sua participação na construção da
história dos últimos vinte anos da sociedade gaúcha. O Vereador Adeli Sell, em
nome da Bancada do PT, discorreu sobre a importância dos meios de comunicação
neste final de século, como veículos para o debate de idéias, ressaltando a
importância da liberdade de imprensa para viabilizar a manifestação concreta
das mais diversas opiniões que integram a cultura humana. O Vereador Luiz Braz,
em nome das Bancadas do PTB e do PSDB, saudou o Jornal Kronika pelo transcurso
de seus vinte anos de existência, declarando figurar este Jornal entre aqueles
órgãos de comunicação "que calam fundo na opinião pública", ajudando
a construir uma sociedade mais democrática, através da livre manifestação do
pensamento. Após, foi apregoado Requerimento do Vereador Antonio Hohlfeldt,
solicitando, nos termos do § 6º do artigo 218 do Regimento, Licença para
Tratamento de Saúde para a Vereadora Anamaria Negroni, tendo o Senhor
Presidente declarado empossado na Vereança o Suplente Gilberto
O SR.
PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Estão abertos os trabalhos da 23ª Sessão Solene da
XII Legislatura, que tem por objetivo homenagear o Jornal Kronika. Foi uma
iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol, que teve a chancela da Mesa Diretora desta
Casa e foi posteriormente aprovada, por unanimidade, pelos Srs. Vereadores.
Para integrar a Mesa
convidamos o Diretor-Editor do Jornal Kronika, Jornalista Luiz Osório; o
Presidente da Associação Riograndense de Imprensa, Sr. Erci Torma; o
ex-Vereador, ex-Deputado Federal, ex-Prefeito desta Cidade e ex-Governador do
Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Alceu Collares; e o Capitão Eduardo Passos
Mereb, representando o Comando-Geral da Brigada Militar.
O Jornal Kronika faz parte
da história da nossa Cidade, do nosso Estado e, com muita garra, com muita
determinação, apesar de todas as dificuldades, consegue se manter como uma
opção de leitura independente, periódica e que se mantém, no curso de todos
esses anos, com a admiração e o respeito por esse trabalho realizado pelo
Jornalista Luiz Osório.
O Jornal Kronika dedica
muitas das suas páginas a nossa Cidade e a esta Casa. Os espaços destinados ao
que acontece nesta Casa têm página certa, têm registros permanentes. Eu me
orgulho, no período em que presidi esta Casa, Dr. Collares, de ter sempre
merecido a atenção do Jornalista Luiz Osório.
Tenho a honra de convidar a
todos os presentes para que ouçamos a execução do Hino Nacional.
(Executa-se o Hino
Nacional.)
Gostaria de registrar a
presença da Sra. Vera Lia Cavalheiro; do amigo Nelson Bock, Diretor da Livraria
Porto Alegre; da Sra. Cláudia Oliveira Teixeira; da Sra. Elizabete Mafra, da
Revista Imagem News; do advogado e delegado aposentando, Dr. Antonio Diniz de
Oliveira; e, também, registramos a presença do Jornalista Sam Paulo, que nos
honra com a sua presença, entre outras figuras ilustres que aqui estão
presentes.
O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra e fala pelas Bancadas do Partido da Frente Liberal e do Partido
Socialista Brasileiro.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Eu
me permito, quebrando o protocolo, dizer que o ex-Deputado Alceu Collares deu
um belo exemplo nesta homenagem que se faz ao Jornal Kronika. Tal qual o jornal,
ele é um homem questionado, um homem de opiniões, um homem independente, é um
homem que não se enverga, é um homem que respeita os seus adversários e é por
eles respeitado. Esse também é o caso do veículo que nós homenageamos hoje, no
seu 20º aniversário de profícua atividade, como elemento alternativo na
imprensa do Rio Grande. É evidente que o Jornal Kronika, no dia de hoje,
haveria de produzir a vinda a esta Casa de uma platéia seleta como esta que
está a nos honrar com a sua presença.
Quando propus, junto com
meus colegas de Mesa, que procedêssemos a esta homenagem, fui, imediatamente,
atendido na pretensão, dado que eu fui apenas a pessoa que teve a lembrança de
consignar esse fato, já que o Jornal Kronika é homenageado pela Câmara
Municipal como um todo e não apenas pelos integrantes da Mesa Diretora. Todas
as lideranças partidárias se manifestaram favoráveis a esse fato, já que razões
existem, e muito fortes, a justificar que a Casa do Povo de Porto Alegre, que é
o local onde se reúnem as mais diferentes correntes políticas e ideológicas, se
dobrasse em reverência a esse veículo da imprensa gaúcha que, enfrentando toda
a forma de dificuldade, se manteve, ao longo do tempo, com as características
iniciais com as quais seus fundadores entenderam, em um determinado dia, de
lançá-lo como um órgão a mais na imprensa livre do Estado do Rio Grande do Sul.
Quando cogitei esta homenagem, tive a oportunidade de salientar que,
objetivamente, o Jornal Kronika teima em ser um jornal independente, não
comprometido com as grandes redes e que se impõe como um exemplo de luta da
pequena imprensa, sem desfigurar-se, sem comprometer-se ideologicamente e sem
fugir das suas finalidades intrínsecas. Deve merecer, como efetivamente merece,
todo o nosso respeito, especialmente nesta hora e nesta ocasião em que algumas
situações se renovam, pondo em risco a liberdade de imprensa. É preciso, pois,
que neste momento se exalte esse exemplo de continuidade e obstinada luta pela
manutenção da característica que singulariza esse órgão da imprensa
porto-alegrense ao longo de 20 anos, esse órgão que tem se imposto ao respeito,
à consideração e, principalmente, ao reconhecimento de quantos, como nós, somos
responsáveis pela coisa pública desta Cidade e deste Estado. Volto a afirmar esses
mesmos conceitos, já que os dias presentes assim o determinam.
É óbvio que, quando
homenageamos o Jornal Kronika, algumas reminiscências se impõem. Não posso me
referir a esse veículo sem dizer da nossa saudade por alguns homens como Pércio
Pinto, Melchíades Stricher e outros que, ao longo desses 20 anos, foram
presenças permanentes e marcantes nas páginas do Kronika. Mas todos nós, desde
o Governador Alceu Collares até a minha querida amiga Vera Lia Cavalheiro,
confundimos o Kronika com a figura do Barão. Confundimos a criatura com a
figura do seu criador. Evidentemente, quando falamos em luta obstinada,
determinada, incessante, estamos falando da luta de um homem que reuniu em
torno de si idealistas inconformados, homens afirmativos que determinadamente
acreditaram ser possível que um estado como o Rio Grande do Sul, uma cidade
como Porto Alegre, que tem tantos apanágios no campo cultural e que se jacta de
ter homens públicos que têm na independência uma das suas marcas mais
consistentes, que, neste Estado, nesta Cidade, entenderam esses homens
liderados pelo Barão, pelo Luiz Osório, que havia lugar para um semanário,
havia lugar para um veículo com essas características. Não se enganaram. É
lógico que a luta tem sido a mais tenaz possível. Todos sabemos das
dificuldades que o nosso querido Luiz Osório tem tido ao longo do tempo para
manter esta sua publicação. Todos nós sabemos que, quanto maiores têm sido os
obstáculos, maior tem sido a sua obstinação de remover esses obstáculos e
continuar na sua luta. Quase na virada do milênio, estamos aqui para festejar
os 20 anos do Kronika. Por certo, Barão, aos 30 anos ainda haverão de lhe
encontrar lutando. Eu não tenho esperança de tanto, mas o jubileu de prata, os
25 anos eu quero festejar junto e quero que esta Casa, da mesma forma que hoje
o faz, abra suas portas e confirme o nosso Kronika daqui a cinco anos
completando os seus 25 anos de existência. Nós não temos nenhuma dúvida de que
ele chegará a tanto. Quem teve um timoneiro que o conduziu até aqui haverá de
ter um comandante que irá levá-lo muito mais longe, sempre assim, sempre
independente, sempre altaneiro, nunca comprometido, nunca te envergando, sempre
consciente de que o teu trabalho de independência e altaneirismo é uma das
coisas que o Rio Grande aprendeu a querer bem e que Porto Alegre, com toda a
razão, homenageia no dia de hoje.
Parabéns, Luiz Osório, meus
parabéns a toda tua equipe, parabéns à imprensa do Rio Grande que tem, no
Kronika, um dos melhores exemplares da sua tradição de independência, de
obstinação da busca da verdade, esteja ela às vezes contrariando um “forte” do
dia, mas sempre do lado da consciência coletiva, da consciência popular e vê,
numa imprensa independente, a sua janela, a sua ressonância e, sobretudo, a sua
manifestação concreta. No caso do Kronika, imprensa escrita, um registro
histórico que ficará ao longo dos tempos gravado na história do Rio Grande,
este Rio Grande que, desde há muito tempo, firmou-se nos seus ideais
libertários de quem acredita na liberdade como bem supremo e de quem acredita
que essa liberdade só se realiza quando existe ao lado dela a igualdade e a
fraternidade. O Kronika é um grande porta-voz desses ideais e por isso a Câmara
de Porto Alegre hoje, respeitosamente, solenemente, reúne-se e oferece os seus
parabéns ao jornalista bravo, combatente e obstinado que um dia acreditou ser
possível fazer um jornal com as características aqui anunciadas. A você, Luiz
Osório, ao amigo Luiz Osório, ao Jornalista Luiz Osório as homenagens de Porto
Alegre e sua gente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Registramos também a presença da Sra. Lea Oliveira Teixeira; Dr. Carlos
Jockmann, cronista; Paulo Alencastro, Presidente do Cantegril; Comandante Argeu
Barcellos, que prestigia esta Sessão; Coronel Altino Bertier, que também honra
esta Casa com sua presença, pelo excelente trabalho que realiza em defesa do
patrimônio nacional, esclarecendo a nossa juventude acerca dos riscos que corre
a nossa Amazônia.
O Ver. Adeli Sell está com a
palavra pelo Partido dos Trabalhadores.
O SR. ADELI
SELL: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os demais presentes.) Tenho a satisfação de
vir à tribuna, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, homenagear o
Jornal Kronika. Quero aproveitar este momento para fazer uma reflexão, que
acredito não ser apenas uma preocupação minha, mas é uma preocupação de todo
jornalista, todo homem de imprensa, fundamentalmente da cidadania do nosso
povo: a importância que tem a comunicação nesse final de século, a importância
que tem a possibilidade de levar a dezenas, centenas, milhares de pessoas
idéias, compreensões, incompreensões e, fundamentalmente, o debate. O debate de
idéias, o confronto de opiniões, sem medo de colocar em suas páginas opiniões,
às vezes contraditórias, deixando para aqueles que assinam o texto a
responsabilidade de suas próprias idéias. Um jornal, de fato, é aquele que tem
essa marca e que ano após ano tem mantido essa tradição. Não apenas um jornal
que aparece num dia de forma bombástica e desaparece, mas um jornal que mostra
que é capaz de manter uma tradição e, mais que isso, de permanentemente estar
na praça com essas idéias, fazendo com que nas suas páginas haja a mais ampla
liberdade de expressão. É desse tipo de imprensa, desse compromisso, desse
fazer histórico que nós, mais do que nunca, precisamos em nosso País.
Precisamos que essas idéias cada vez mais floresçam nas suas páginas. Por isso
estamos aqui, nesta homenagem, desejando que este jornal continue sempre dessa
maneira corajosa de colocar as suas idéias para o público da nossa Cidade.
Neste final de século, para
o próximo milênio, precisamos lembrar um pouco da nossa história passada e
fazer com que não voltemos a ter nenhum tipo de censura. Nem a censura pública
dos órgãos, das administrações, nem a censura dos seus editores, mas que o
povo, o leitor, decida o que quer e o que não quer, aquilo com o que concorda e
o que discorda. É assim que se controem consciências, é assim que se formam
novas gerações, e é por isso que o KroniKa tem dado essas importantes
contribuições e lições para todos nós. Diante do poderio econômico, de todas as
pressões que sabemos que existiram e existem sobre os meios de comunicação -
particularmente os menores, particularmente aqueles que estão independentes das
grandes redes, independentes dos grandes grupos econômicos -, existem aqueles
que não se dobram diante dessas pressões e eles devem ser duplamente
homenageados. Por isso faço esta homenagem em meu nome e de minha bancada ao
Jornalista Luiz Osório e ao Kronika. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para falar em nome do PTB e do PSDB.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr.
Presidente, Sr. Luiz Osório, meu amigo, com o qual já tive divergências e
convergências, mas essas situações jamais fizeram com que a nossa admiração
pelo trabalho do eminente amigo decrescesse - aliás, pelo contrário, elas
apenas serviram para confirmar todo o pensamento que nós tínhamos com relação à
grande qualidade que o meu amigo tem no setor jornalístico. Dr. Alceu Collares,
com o qual tivemos várias oportunidades de conviver como Vereador nesta Casa,
enquanto o amigo era Prefeito e como Governador do Estado. Eu ouvi falar em
“ex-ex-ex” quando V. Exa. subiu para compor a Mesa dos trabalhos, mas eu tenho
certeza absoluta que, a partir do ano que vem, vamos parar de ouvir tanto
“ex-ex-ex” e ouviremos do amigo as qualidades presentes que nós queremos ver
brilhar no Congresso Nacional. Jornalista Erci Torma, Sr. Capitão Eduardo
Passos Mereb, Srs. Vereadores, Senhoras e Senhores.
É sempre uma satisfação
quando nós, Vereadores, podemos ocupar esta tribuna para exaltar um órgão da
qualidade do Kronika, feito com tanto amor, carinho, dedicação e qualidade
profissional, tendo que vencer tantos obstáculos durante esta caminhada de 20
anos e chegando, nesta data, com toda esta força e pujança e sendo
reconhecidamente um dos órgãos de comunicação deste Estado que se afigura entre
aqueles que consegue calar fundo na opinião pública, fazendo com que ela possa
se modificar, ser construída da maneira mais clara a fim de que os pensamentos
livres daqueles que exercem o seu direito de escrever nas páginas do Kronika
possam ser levados até seus leitores com todo o conteúdo e toda a força, que é
o que aquele que escreve quer fazer.
Ainda hoje cruzamos com o
Osório, nos corredores desta Casa e por outros órgãos, carregado de jornais,
levando de gabinete em gabinete, de vereador em vereador, de deputado em
deputado, fazendo um trabalho que normalmente é feito pelo encarregado da
distribuição e que não tem nenhum vínculo com o jornalismo, ou que não tem a
mesma formação que o Luiz Osório, que se dedica a fazer com que esse jornal
chegue com a maior presteza em todos os lugares para levar a sua informação, já
que não adiantaria nada, se ele tivesse o órgão de qualidade que tem, se esse
órgão não chegasse até onde ele quisesse para que suas idéias pudessem ser
sentidas. Então, o Luiz Osório se preocupa com esse setor de distribuição, que
é um dos setores mais delicados que há dentro de qualquer jornal, e ele faz
isso pessoalmente para que o seu jornal possa chegar a todos os setores desta
Cidade, principalmente os setores que são responsáveis pela formação da opinião
pública ou pelo mando, pelas atitudes maiores que se tomam dentro deste Estado.
Isso, realmente, é uma coisa que temos que exaltar na figura do Luiz Osório.
Se não bastasse isso, vemos
que uma das coisas mais difíceis hoje, dentro deste País, é manter-se qualquer
tipo de empresa funcionando por mais de cinco anos. Digo cinco anos, porque já
é um prazo muito longo para que uma empresa que é nova possa funcionar com toda
a vitalidade. Mas mais difícil ainda do que fazer funcionar qualquer empresa é
manter um jornal vivo. Essa empresa jornalística, que é tocada, praticamente,
por um homem e seus colaboradores, é, realmente, muito difícil; é um trabalho
muito árduo, é um trabalho em que ele tem que contar tanto com a capacidade
intelectual daqueles que colaboram escrevendo os textos para o jornal, como
também ele não pode descuidar da parte econômica, senão ele sucumbe. Unir essas
duas partes, unir esses dois setores é um trabalho de Hércules. Realmente, ele
desempenha esses trabalhos com muita tenacidade e com muito sucesso, já que ele
faz com que o Jornal Kronika, que hoje já não é o jornal do Luiz Osório, já é
um jornal que faz parte daquilo de melhor que nós temos no mundo jornalístico
aqui na nossa Cidade, que ele possa estar vivo e estar muito forte.
Como nós falamos em
liberdade de imprensa, e nós falávamos outro dia aqui, exatamente numa
oportunidade em que nós homenageávamos o aniversário do Sindicato dos
Jornalistas, nós falávamos que a liberdade de imprensa deve ser analisada como
a liberdade que os jornalistas têm, que os homens têm de expor as suas idéias.
Mas isso muitas vezes não é possível dentro das grandes empresas jornalísticas.
Normalmente, a liberdade de imprensa fica muito limitada pelos interesses dos
grandes grupos que comandam esses jornais. Quando a gente vai para a imprensa
alternativa, quando a gente pega um jornal como é o caso do Kronika, que
depende de um homem só, ou pelo menos é guiado, é administrado por um homem só,
esta liberdade começa a tomar dimensões maiores, ela começa a não ter mais este
limitador e começa esta expressão livre das pessoas que escrevem as suas idéias
naquele órgão a obter as dimensões maiores da sinceridade, da honestidade, e
aquelas idéias não recebem os limitadores que, normalmente, a gente nota em
qualquer órgão ou na maioria dos órgãos de divulgação publicados pelas grandes
empresas jornalísticas.
Por este trabalho que faz o
Luiz Osório, por este trabalho que ele cria, fazendo com que os espaços possam
aparecer para os Vereadores, para os Deputados, para vários setores da nossa
sociedade, por esses espaços abertos para que possamos manifestar as nossas
idéias, nós queremos cumprimentar o Luiz Osório e dizer que é exatamente de
homens assim, que têm pensamentos assim, de homens que têm missões desse tipo
que estamos precisando, gente que não desiste no meio do caminho, que segue
firme até chegar aos seus objetivos finais, passando pelas dificuldades para
poder vencer as diversas metas que encontra e que não se deixa vencer pelos
obstáculos. Luiz Osório, você é um “grande” vencedor e está demonstrando isso pelo
produto que oferece para a nossa sociedade, que é o seu Jornal Kronika, que
está completando 20 anos. Parabéns. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Registramos também a presença do Ver. Elói Guimarães no Plenário desta Casa.
Observando o dispositivo do
Regimento Interno, a Vera. Anamaria Negroni solicita licença-saúde no dia
21.10.97.
A Mesa declara empossado o
Suplente Gilberto Batista, em substituição à Vera. Anamaria Negroni, nos termos
regimentais.
No período em que estiver
substituindo a Vera. Anamaria Negroni, V. Exa. integrará a Comissão de
Urbanização, Transportes e Habitação desta Casa.
O Ver. Pedro Américo Leal
está com a palavra pelo PPB.
O SR. PEDRO
AMÉRICO LEAL: Exmo.
Sr. Presidente desta Casa, no exercício da Presidência, Ver. Isaac Ainhorn; Sr.
Diretor-Editor do Jornal Kronika, Jornalista Luiz Osório, nosso homenageado;
Sr. Presidente da ARI - Associação Riograndense de Imprensa, Jornalista Erci
Torma; Dr. Alceu Collares, que no seu elenco de “ex” só não ostenta o título de
Senador, não sei por quê; Sr. representante do Comando Geral da Brigada
Militar, Capitão Edmundo Passos Mereb; Srs. Vereadores, minhas Senhoras, meus
Senhores. Eu pertenço a uma bancada de apóstolos; eu sou um Pedro cercado de
João por todos os lados. Falo em nome do Ver. João Dib e, também, em nome do
Ver. João Carlos Nedel.
Edição nacional, três
cadernos, ano 20, nº 375, Porto Alegre - Rio Grande do Sul. É o cabeçalho. Eu
verifiquei se era esse o nome técnico com o Edmundo Soares, para poder me
dirigir e fazer este pronunciamento que faço agora. É cabeçalho? É cabeçalho. É
o telegrama que o Kronika, em seu último número, nos emite. Diretor- Editor
chefe, perfil, personalidade deste jornal, Jornal Kronika. Que jornal é esse? É
o jornal do nosso Barão. Eu não sei como surgiu esse nome. Não investiguei. É
um jornal do Jornalista Luiz Osório. Coadjuvantes, como Diretores, Álvaro Luiz
e Paulo Cesar Teixeira. Jornal valente que hoje a Câmara distingue por
iniciativa do Ver. Reginaldo Pujol, destacando seus 20 anos de vida. É muito
tempo. Uma adolescência.
Muito além de seu
aniversário, dos 20 anos de fundação, chama-nos a atenção um traço de sua
personalidade: a tenacidade, a perseverança. E como eu aprecio a tenacidade, a
busca do infinito, tive ímpetos de relacioná-lo com o personagem de Cervantes,
Dom Quixote, de quem, há poucas semanas, assinalávamos a sua passagem.
Contive-me, mas não tanto.
Pois o “cavaleiro da triste figura”, maravilhosa figura, que domina séculos, só
emprestaria a Luiz Osório os seus sonhos, as suas arremetidas, o ideal
impossível de sobreviver como jornal independente. Que maravilha o sujeito
tentar um sonho impossível! Fugir das grandes redes sustentando-se titular de
pequena e média imprensa. Falo a ti, Luiz Osório. Acho que tens algo deste
personagem de Cervantes. Em minha casa tenho umas quarenta estátuas de Dom
Quixote; sou um apaixonado por Dom Quixote. Pois bem! Me anima essa figura que,
às vezes, é desacreditada como elemento de comparação, mas ele empresta às
personalidades que tentam o prestígio numa analogia, numa tentativa de busca de
imensos e repletos predicados, o sonho impossível: manter em circulação, desde
77, um jornal enfrentando gigantes, de mensário a quinzenário, com a pretensão
de circular nacionalmente. Atrevido, tem o Kronika a ousadia de circular em
oito capitais brasileiras em mala direta. Crítico em sua exposição de matérias,
é, contudo, um jornal de opinião moderada, fina, educada, altivo. Ergue-se com
peito inflado por ser um jornal independente. Como custa esta palavra:
independência! Nenhum grupo o influencia ou lhe cobra orientação. Aborda temas
políticos, turismo, sociedade, esporte e até na caserna ele se mete. Em seu
último número, um artigo com o título “Militares em pé de guerra contra a nova
aposentadoria”. Quem retratou isso na imprensa como utópico? Não vi; agora,
você captou. Como militar, reconheço, foi feliz. Mais adiante estampa a inédita
afirmação vislumbrando uma ditadura civil que eu já detectei desta tribuna e
acho que fui um dos únicos vereadores ou, senão, muitos poucos falaram, e nisso
desafio a oposição: a ditadura civil classificando as medidas provisórias como
produto da antidemocracia, e é.
E vai por aí com assuntos
variados e ricos, ilustrando sua edição de aniversário, nos honrando em colocar
uma veemente crítica que faço à Rede Globo, não por ser a Rede Globo. Muito
admiro a Rede Globo - não absolutamente -, mas os personagens do Casseta e
Planeta estamparam uma sórdida e abominável exploração da figura do Papa no seu
exaustivo e atlético deslocamento pelo Brasil. Creio que esta foi a sua última
visita a nossa pátria. Pois o Casseta e Planeta desmoraliza com aquelas
perguntas idiotas: “Posso ter a Luiza Brunet?” Silêncio do Papa. “Pode me fazer
o Fluminense campeão? Qual é mesmo o telefone da Luiza Brunet?”
Nós, examinando esse número
que tem as cores amarelas - você não notou - imperceptivelmente traduzidas pelo
autor em sua capa, influenciado pelo Vaticano... As cores do Vaticano são
amarelas. Você colocou amarelo na edição de aniversário - não sabe nem o
porquê. Coincidência! Dizem coincidência! Não creio, não existe coincidência;
em tudo existe um pincel de Deus. Lá pelas folhas 11, fui descobrir - já estava
aflito - o retrato do Luiz Osório. Por que que ele se furtava a aparecer na
edição de aniversário do seu jornal? Ele estava lá com as coisas de cavalaria;
o nosso Osório estava lá metido no Jockey, premiando cavalos na semana dedicada
ao Kronika. Este Dom Quixote da Imprensa, que não esmorece, pela primeira vez,
justamente no seu 20º aniversário, foi se esconder na última folha, mas também
não foi coincidência. Dom Quixote, no meio da cavalaria, salvou a última
página. Não sei por que, mas parece que ele se furtava a figurar na sua edição
de 20 anos. Mistérios. Segredos do Barão. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Em nome do PDT, fala o Ver. Nereu D'Ávila, que tem a palavra.
O SR. NEREU
D'ÁVILA: Sr.
Presidente em exercício, Ver. Isaac Ainhorn; Sr. Presidente da ARI, Jornalista
Erci Torma; nosso Governador Alceu Collares, ex-Vereador desta Casa, a sua
presença aqui, não só como correligionário, mas como figura ímpar da nossa
história política e humana do Rio Grande nos faz sentir muito felizes, e
pretendemos que V. Exa. continue honrando sempre as tradições da história de
Porto Alegre; representante do Comando Geral da Brigada Militar, Capitão
Eduardo Passos; demais Vereadores; minhas Senhoras e meus Senhores.
Ouvindo o nosso Vereador e
Coronel Pedro Américo Leal, sabemos que depois que ele fala fica difícil a
qualquer um fazer brilhatura, porque ele é uma figura extraordinária, um grande
orador e uma figura ímpar; independentemente de qualquer conteúdo
político-ideológico, nós admiramos esse democrata que, na ditadura, conseguiu
se salvar.
Tenho muito prazer,
Jornalista Luiz Osório, de, em nome do PDT, dos Vereadores Isaac Ainhorn, Pedro
Ruas e Elói Guimarães, falar, porque em algumas pequenas circunstâncias da
vida, superadas pela força maior que é a aproximação entre os homens, é muito
importante essa lembrança, porque o Jornalista Luiz Osório e o seu Kronika
representam a tenacidade de um jornalismo que já se vai. Quando olho o Jornal
Kronika, sinto uma saudade da Folha da Tarde! Temos aqui, presentes, figuras
muito queridas do nosso jornalismo, que sabem o que foi aquela ternura que
tínhamos quando, à tarde, os guris gritavam: “A Folha”. Então, de uma maneira
ou de outra, o Jornal Kronika tem buscado e ganhou este espaço na Cidade de
Porto Alegre, até mesmo com reportagens especiais, opiniões especiais.
Se fôssemos falar hoje sobre
o jornalismo do Rio Grande do Sul, eu diria modestamente que o Rio Grande
merecia mais do que a grande imprensa que tem, mas o Rio Grande está de acordo
com os seus jornais alternativos, com a vitalidade desses jornais nas diversas
áreas, inclusive com os de bairro, e entre eles é destaque natural o Kronika,
que fecha duas décadas. Ora, manter-se durante duas décadas lutando contra tudo
e contra todos não é fácil, porque, quando se tem o monopólio, aí é fácil. Quando
se tem todos os meios, quando se tem o poder econômico, aí é fácil, só vai,
mas, quando se luta bravamente na busca de publicidade e corre-se aqui,
corre-se na Assembléia para procurar as últimas notícias políticas, as últimas
notícias que chamam a atenção dos leitores, aí é difícil, é muito difícil.
É muito importante que hoje
a Câmara festeje os 20 anos do jornal Kronika e, evidentemente, homenageie o
seu criador Luiz Osório, tanto que muitos Vereadores desfilaram por aqui, mesmo
que não usando a palavra em prestígio ao jornal. Não é por acaso que um
ex-Governador comparece aqui para prestigiar esta efeméride. Creio que não se
precisa dizer muito ou se destacar, pois a situação está colocada aqui nas
presenças ilustres que aqui estão. Creio que o Luiz Osório está não só
emocionado, mas, quem sabe, pensado: “Eu, há 20 anos, quando lancei essa
sementinha, não esperava que tivesse esse reconhecimento da nossa Cidade”. Aí
está retratada sinteticamente toda esta homenagem que a Câmara faz, que os seus
representantes fazem, e que nós, representando cada partido, procuramos
destacar.
Da nossa parte, reprisamos
tudo que foi dito e destacamos essa tenacidade. E eu falei em Folha da Tarde
porque ela foi um marco no Rio Grande, ela foi um marco na Cidade de Porto Alegre,
pois ela saía quentinha, prontinha. Há jornais no Rio Grande que querem ser
jornais nacionais, só que, quando colocados ao lado do Jornal do Brasil, por
exemplo, ... Então, eu acredito que nós temos que ficar aqui, com o nosso
quintal, com os nossos problemas, com a nossa situação. O que nós, leitores,
fazemos? Vamos buscar os alternativos, e encontramos exatamente o esforço de
jornalistas, inclusive com renome, escrevendo no Jornal Kronika, o que dá uma
tinta especial às páginas desse jornal.
Nós desejamos ao Jornalista
Luiz Osório que ele continue, e ele sabe por que estou falando isso - e fiz
questão de vir para traduzir que pequenas divergências de percurso são tão
pequenas, que parecem um grão de areia quando se caminha na praia diante da
grandeza da produção. Quero dizer com isso que eu, pessoalmente, e o PDT, como
bancada, como partido político, reconhecemos, Luiz Osório, o teu trabalho, os
teus predicados e a tua presença maravilhosa na constelação jornalística do
nosso Estado. Então, querido Kronika, recebe as nossas homenagens por esses 20
anos e continua assim, porque esse é o caminho certo. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para falar pelo seu partido, o PPS.
O SR. LAURO
HAGEMANN:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Sinto-me muito à vontade nesta tribuna para homenagear o Kronika
porque eu vi ele nascer. As nossas relações profissionais datam de antes desta
efeméride, mas é comovente a tenacidade do Barão em conduzir, durante 20 anos,
o Kronika, que, como todo jornal, teve períodos de fastígio, de penúria, de
dificuldade e de apogeu. Hoje, vive uma razoável vida de jornal alternativo. A
imprensa alternativa, entre nós, tem uma importância que nós, sociologicamente,
ainda não conseguimos apreender na sua integralidade. Eu vejo a imprensa
alternativa, bem como outros setores da sociedade, como uma espécie de reação
intuitiva ao processo de globalização. O homem, nessa dimensão global, se sente
pequeníssimo; o jornal, a emissora, a TV local alternativa é a reação intuitiva
do homem que se vê globalizado, apequenado nesse processo, nessa busca de
manter a sua individualidade, a sua presença, a sua personalidade.
Vamos ter que gastar muita
palavra, muita tinta, para aprofundar essas coisas, mas esse é um dos papéis
que vejo do Kronika, que vem mantendo esta bandeira erguida ao longo do tempo,
e tomara que continue, porque não é nas páginas da grande imprensa, assim dita,
que o cidadão se vê retratado. Ele se vê retratado é na pequena imprensa. É ali
que ele sente a sua vida, com os dois pés no chão. É na pequena imprensa que se
comentam os aniversários, os nascimentos, as mortes dos cidadãos. A pequena
imprensa, a imprensa alternativa está intimamente vinculada ao que chamamos de
“poder local” e que é a contrafacção intuitiva ao poder global, que hoje se
oferece como condução para a humanidade. Nesse aspecto, o Kronika tem o seu
papel e a sua importância. Tomara que continue assim, não só por esses 20 anos
em que ele tem desempenhado muito bem o seu papel. Espero que o Barão continue
neste propósito: oferecendo o Kronika para as crônicas ou para a crônica
daqueles que querem se sentir, sobretudo, humanos. Parabéns! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Neste momento, encerramos a primeira parte desta Sessão, que são as
manifestações dos Srs. Vereadores. Normalmente, o número de bancadas que se
manifestam é bem menor. Há Vereadores que falam por várias bancadas, mas esta
Sessão teve a marca, Jornalista Luiz Osório, e a característica de que
praticamente todas as bancadas se manifestaram e, por isso, as nossas escusas,
mas também é o sentimento maior das manifestações das diversas bancadas por
parte dos Srs. Vereadores, e o Sr. mesmo pode constatar o nível e a qualidade
das oratórias dos parlamentares que passaram por esta tribuna.
O Sr. Luiz Osório,
Diretor-Editor do Jornal Kronika, está com a palavra.
O SR. LUIZ
OSÓRIO: Meu
caro Ver. Isaac Ainhorn, Vice-Presidente desta Casa, que é, realmente, a Casa
do Povo de Porto Alegre, no exercício da Presidência; meu caro Erci Torma, que
representa a ARI - a grande força da imprensa brasileira é a nossa associação;
meu caro Ver. Reginaldo Pujol, que teve a gentileza de promover este ato; meu
caro Alceu Collares, um nome que identifica um Vereador, porque como Vereador
ele alçou os vôos maiores da nossa política.
Quero lembrar a vocês que
esta é a segunda vez que estou nesta tribuna. A primeira vez foi em 1985,
quando, por iniciativa do Ver. Mano José, recebi o título de Cidadão Emérito de
Porto Alegre. Por coincidência, naquele mês de setembro de 1985, o Kronika
fazia o seu 8º aniversário. Naquela ocasião, tive a grande honra de ter
presente à Mesa dos trabalhos um ilustre Prefeito, que se marcou pela
honestidade, pela grandeza de seu trabalho em Porto Alegre, o nosso saudoso
Célio Marques Fernandes. E justamente hoje, para complementar ainda mais este
momento feliz que vive o Jornal Kronika, nós também temos na Mesa um ex-Prefeito,
o nosso Alceu Collares, que, começando como Vereador, como já disse, se alçou
às maiores glórias da política, e muitas outras ainda virão. Um Prefeito que
marcou a Cidade de Porto Alegre por inovações fantásticas que fez em seu estilo
urbanístico e que, possivelmente, serão continuadas após, porque parecem estar
estancadas agora. Um Governador que também se marcou pela independência no
trato com toda a comunidade política. Um extraordinário Deputado Federal que,
certamente, deixou uma grande lacuna na nossa Câmara maior.
Por todas essas razões, eu
sinto-me muito feliz, em nome do jornalismo, em nome daquele jornalismo que
mantém o seu estilo pessoal, a sua independência de continuar noticiando,
embora aquilo que ele noticie não agrade a muitos. Até pode desagradar. No
jornalismo há coisas sensacionais, como é o caso do Kronika. Quando se coloca
uma notícia que engrandece algumas pessoas, geralmente nunca vem um “muito
obrigado”. Agora, quando se faz uma crítica, aí vem um número imenso de
reclamações. Faz parte do jornalismo. Nós recebemos isso sempre com espírito
esportivo. O jornalismo também tem um pouco de espírito esportivo nas suas
críticas.
De todas essas formas, após
todas as manifestações dos Vereadores que destacaram com muito carinho a atuação
do Kronika, eu me sinto feliz. Quero agradecer esta oportunidade, esta Sessão
Solene, esta homenagem que a Câmara está oferecendo ao jornal. A Câmara
Municipal também tem muitos jornalistas no exercício de sua profissão e na de
Vereador. Posso citar o nosso querido Lauro Hagemann, Antonio Hohlfeldt, Luiz
Braz, todos jornalistas-Vereadores. E, como jornalistas e Vereadores e
Vereadores e jornalistas, eles identificam os problemas de Porto Alegre e
trazem para a tribuna, para os seus trabalhos realmente aquilo que a população
espera que se faça numa Câmara Municipal.
O Jornal Kronika, ao longo
desses anos, promoveu algumas coisas interessantes. Por exemplo: o troféu
Kronika, que é o troféu mais antigo jornalístico de nosso Estado e destaca
aqueles jornalistas que, por seu trabalho anônimo, muitas vezes são poucos
citados. Destaca também personalidades comunitárias que, vez por outra, são
esquecidas, mas que na presença do Kronika e do troféu Kronika realmente marcam
aquele algo mais que eles sempre trouxeram à comunidade.
Muito obrigado a todos,
muito obrigado à Câmara, obrigado àqueles que vieram prestigiar esse momento.
E, como disse o Ver. Reginaldo Pujol, “mais cinco anos, mais dez anos o Kronika
vai”. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Convido
a todos para ouvir, a seguir, o Hino Rio-Grandense.
(Executa-se o Hino
Rio-Grandense.)
Deixamos marcada nos Anais
desta Casa bicentenária, no registro da história da Cidade, a homenagem que a
representação política, o conselho político desta Cidade realizou nesta tarde
em homenagem ao Jornal Kronika.
(Encerra-se a Sessão às
16h57min.)
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